Qual a finalidade da recuperação? Cinco teses.

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Peter Leithart em seu artigo de hoje no First Things me levou (provocou?) a anotar alguns pensamentos sobre os fins da recuperação teológica. Aqui estão cinco teses.

Qual a finalidade da recuperação?

1. A recuperação repousa sobre um julgamento duplo: (1) que nem tudo está bem na teologia contemporânea e nos estudos bíblicos e (2) que a ajuda de que precisamos pode ser encontrada na tradição, ou seja, naqueles que “transmitiram” a fé para nós.

2. Na recuperação, o estudioso derruba a relação moderna entre o erudito e as fontes históricas, reconhecendo essas fontes como professores (em vez de artefatos) e assumindo a posição de aluno (em vez de juiz). (Normalmente, isso também pressupõe um certo tipo de atenção histórica a essas fontes. Veja o artigo mais recente de Lewis Ayres em Modern Theology.)

3. O fim inicial da recuperação, especialmente em bases protestantes, é adquirir uma melhor abordagem da interpretação da Escritura. Ter em conta as fontes tradicionais como professores do texto primário da teologia cristã, a Sagrada Escritura, é um interesse motivador primário. (O próximo livro de Bobby Jamieson e Tyler Wittman oferece um exemplo fantástico disso.)

4. O fim último da recuperação é o cultivo de uma certa mentalidade (“phronema”) que as Escrituras e a tradição recomendam: uma maneira de ver Deus e todas as coisas em relação a Deus, uma maneira de ser orientada para Deus: a vida de reverência, fé, esperança e amor.

5. A recuperação é, portanto, tudo menos um programa de repristinação. É um programa para a renovação da mente, para a formação de um juízo contemplativo e prático renovado, que, numa situação teológica e moralmente estagnada como a nossa, é extremamente necessário. Na recuperação, os “dados” da Escritura e da tradição são recebidos como “dons” que contêm a promessa, pelo poder do Espírito, de animar novos pensamentos, novas ações, novas formas de estar no mundo. Recuperação é pelo bem da renovação.

Tradução: Luis Henrique de Paula

John Doe

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